A produção industrial do país cresceu 0,3% em outubro, impulsionada pela alta observada em seis dos 15 locais pesquisados. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgou os dados nesta sexta-feira (9).
Em resumo, os avanços mais expressivos vieram do Pará (+5,2%) e de Goiás (+3,0%). Os outros locais que tiveram aumento da sua produção industrial em outubro foram: Minas Gerais (+1,7%), Rio de Janeiro (+1,1%), Rio Grande do Sul (+0,5%) e São Paulo (+0,4%).
“O Pará ficou em primeiro lugar em termos de influências positivas sobre o resultado nacional e esse crescimento de 5,2% recupera uma parte da perda acumulada nos meses anteriores. Isso pode ser explicado pelo bom desempenho do setor extrativo, que é um dos principais da indústria paraense”, disse Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Vale destacar que São Paulo responde por cerca de 34% da produção industrial do Brasil. Em novembro, o estado exerceu a quarta maior influência nacional. No entanto, mesmo com a alta mensal, o estado não recuperou a perda de 3,2% registrada no mês anterior.
Do lado das quedas, as taxas mais expressivas vieram do Ceará (-13,7%) e do Mato Grosso (-11,5%). Em seguida, ficaram Paraná (-9,1%), Amazonas (-8,2%), Região Nordeste (-5,7%), Espírito Santo (-5,3%), Pernambuco (-4,8%), Bahia (-4,6%) e Santa Catarina (-1,8%).
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Indústria nacional acumula queda no ano
Com o acréscimo do recuo mensal, a produção industrial continuou acumulando uma queda em 2022, agora de 0,8%. Nesse caso, oito dos 15 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para Pará (-8,1%), Espírito Santo (-6,7%), Ceará (-4,6%) e Santa Catarina (-3,9%).
Em contrapartida, os avanços mais expressivos vieram de Mato Grosso (+24,5%), Amazonas (+4,5%), Bahia (+4,2%) e Rio de Janeiro (+4,2%). Os outros avanços variaram entre 0,2%, na Região Nordeste, e 2,0%, em Goiás.
Por fim, no acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial brasileira caiu 1,4%. A saber, nove dos 15 locais pesquisados também tiveram queda no período, destacando-se Pará (-7,4%), Ceará (-6,8%), Espírito Santo (-6,0%) e Santa Catarina (-4,3%).
Por outro lado, os avanços vieram de Mato Grosso (+25,0%), Rio de Janeiro (+4,5%), Amazonas (+2,6%), Goiás (+2,0%), Bahia (+1,1%) e Rio Grande do Sul (+1,0%).
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