A produção nacional de motocicletas cresceu 37,8% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. A saber, o Polo Industrial de Manaus fabricou 327,1 mil veículos nos três primeiros meses deste ano, contra 237,4 mil unidades no primeiro trimestre de 2021.
Ao considerar apenas março, o país fabricou 136,5 mil motocicletas, ou seja, 41,7% do total do trimestre. Esse valor representa um aumento de 8,4% na comparação com a produção de março de 2021. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou os dados nesta quarta-feira (13).
Em resumo, os avanços registrados se devem, em grande parte, à fraca base comparativa de 2021. Isso porque o país enfrentou nos primeiros meses do ano passado a segunda onda da Covid-19. Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a melhora nos números é positiva, mas a produção nacional precisa crescer mais.
“Ainda estamos muito distante do nosso período alvo. A perspectiva é que gradualmente a gente continue avançando e chegue no patamar de 2 milhões novamente”, disse Fermanian, referindo-se ao ano de 2011. À época, a produção de motocicletas no país chegava a 2 milhões por ano.
Motocicleta é uma boa opção para driblar os altos preços dos combustíveis
O crescimento da produção das motocicletas no país pode ficar ainda mais intenso nos próximos meses. Em suma, a Petrobras elevou em 24,9% o preço do diesel nas refinarias do país e em 18,8% o da gasolina. A disparada acabou sendo repassada para os motoristas do país, que estão sofrendo cada vez mais para abastecer seus veículos.
A saber, uma boa opção para gastar menos com combustíveis é optar por uma motocicleta. Em geral, estes veículos são bem mais econômicos que os carros por diversos fatores. O primeiro deles é o tamanho dos veículos, visto que motos possuem bem menos massa que carros.
Além disso, uma motocicleta pode levar, no máximo, dois passageiros, enquanto o carro pode comportar até sete. Isso aumenta ainda mais o peso a ser transportado, impulsionando o consumo de combustíveis.
Para se ter uma ideia, os modelos de motos mais econômicos chegam a andar 55 km por litro. Já em relação aos carros, o maior valor médio percorrido com um litro gira em torno de 15 km.
As motos flex, que podem utilizar diesel, gasolina ou etanol, também trazem benefícios para os motoristas. Com mais opções, há mais chances de encontrar preços mais acessíveis, visto que o leque de opções é mais diversificado.
Vale destacar que a economicidade da moto depende da sua manutenção. Em outras palavras, para ter um veículo que consuma menos combustível e traga mais economia, o motorista precisa cuidar dele. Assim, as motocicletas podem se mostrar bem mais vantajosas que os carros.
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