O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2021, a produção nacional chegou a aproximadamente 27 bilhões de litros, segundo o chefe-geral do setor de Meio Ambiente da Embrapa, Marcelo Morandi.
Desse montante, quase 90% corresponde ao etanol da cana-de-açúcar, enquanto o restante, pouco mais de 10%, é do etanol do milho. Estes dados mostram a diferença entre a matéria-prima utilizada. No entanto, vale destacar que a produção do etanol do milho vem crescendo expressivamente nos últimos anos no país.
De acordo com o presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, a produção de etanol do milho correspondeu a 13% do total produzido nacionalmente na safra atual. Dois anos atrás, o etanol desta cultura respondia por apenas 6% da produção nacional.
Estes dados mostram que o item esta ganhando cada vez mais espaço na produção de etanol no país. A propósito, a expectativa da Unem é que a participação do etanol do milho no mercado nacional chegue a 20% até 2030. A saber, o país deverá ser capaz de produzir cerca de 10 bilhões de litros de etanol do milho por safra daqui há alguns anos.
Produção de etanol do milho começou há poucos anos no Brasil
Em resumo, a primeira vez que uma usina utilizou o milho para transformá-lo em etanol foi em 2012, mas a produção só ocorreu na safra 2013/2014. Contudo, apenas na safra de 2017/2018 que o país registrou a inauguração da primeira usina 100% destinada ao milho, para sua moagem e transformação em etanol.
“Até 2017, o milho era apenas coadjuvante da cultura da soja, a ponto de o Governo Federal precisar garantir preços mínimos e adquiri-lo por meio de leilões. A indústria do etanol trouxe valor a esta cultura, previsibilidade de venda em longo prazo, riqueza e capacidade de investimento ao produtor“, disse Nolasco.
A produção de etanol do milho se concentra no Centro-Sul do país. Em suma, Mato Grosso possui 10 usinas em atividade, que responderam por 87% da produção nacional na safra recém finalizada. Já Goiás tem cinco usinas, enquanto Paraná e São Paulo possuem uma indústria cada um.
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