Os juros altos têm sido um impedimento para a busca do consumidor por empréstimos. A saber, de acordo com relatório divulgado pela empresa Serasa Experian, a procura pelas operações de crédito recuou 12,2% em setembro em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Vale destacar que essa foi a quarta queda mensal consecutiva.
Busca por empréstimos
Segundo a Serasa, os consumidores com renda pessoal mensal de R$ 500 a R$ 1.000 são os que menos têm buscado crédito.
Ainda mais, todas as regiões do país registraram queda, no entanto, a retração foi mais marcante no Sudeste (-13,9%), no Sul (-12,2%) e no Nordeste (-12%).
Juros em alta são um impeditivo
Cabe pontuar que de março de 2021 a agosto deste ano, a taxa Selic, juros básicos da economia, subiu de 2% para 13,75% ao ano.
Para a Serasa, o encarecimento do crédito desestimula a demanda por crédito e impacta a maioria das linhas.
Assim, a empresa aconselha ao consumidor reavaliar o orçamento doméstico e poupar dinheiro agora para enfrentar o fim deste ano e o início do próximo, períodos em que tradicionalmente os gastos sobem.
Vale destacar que a pesquisa é feita com base numa amostra significativa de números de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), consultados todos os meses na base de dados da Serasa Experian.
Além disso, o levantamento mede as relações de crédito dos consumidores com instituições financeiras e com empresas não financeiras.
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Consignado do Auxílio Brasil em outubro
Logo nas primeiras horas da liberação da modalidade, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi contratado por mais de 700 mil beneficiários do Auxílio Brasil por meio da Caixa Econômica Federal.
A saber, de acordo com a presidente do banco, Daniella Marques, a instituição já tinha liberado um montante de R$ 1,8 bilhão nessa modalidade de crédito.
No entanto, a oferta está em risco. Isso porque o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu para a Corte suspender a concessão do consignado pela Caixa Econômica Federal.
O pedido foi feito pelo subprocurador Lucas Furtado, que viu indícios de desvio de finalidade e objetivo meramente eleitoral no benefício.
Ainda mais, ele alega o risco de prejuízo para a Caixa e para os recursos do Estado.
Assim sendo, o procurador pede que “seja adotada medida cautelar determinando à Caixa Econômica Federal que, independentemente de eventuais arranjos legais e infralegais, se abstenha de realizar novos empréstimos consignados para os beneficiários do Auxílio Brasil até que essa Corte de Contas se manifeste definitivamente sobre o assunto”.
Com informações da Agência Brasil
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