A rede de varejo Marisa revelou ter concluído o seu processo de reestruturação financeira. De acordo cm a empresa, em informação revelada nesta quarta-feira (19), foram 88 lojas fechadas durante todo o plano – ainda segundo a companhia, foram investidos R$ 44,5 milhões para a desativação das unidades.
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Conforme explica a empresa, hoje, a Marisa está empenhando esforços visando recuperar a sua capacidade de gerar caixa, ou seja, o foco é voltar a ter recursos disponíveis para investimentos e para sua operação, fazendo, desta forma, que a companhia volte a ser um negócio rentável.
“A Marisa Lojas S.A vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral a conclusão, dentro do prazo previsto, das principais e mais desafiadoras ações desenhadas dentro plano de otimização operacional da companhia”, disse a empresa em um fato relevante.
No começo, a companhia planejava fechar 92 lojas no total. Todavia, no comunicado, a empresa relata ter diminuído este número “visando a preservação de pontos em que foram identificadas melhorias e que deverão resultar em maior eficiência operacional”.
Além disso, ao relatar que foram gastos R$ 44,5 milhões para o fechamento das lojas, a Marisa ressaltou que este valor foi 16% abaixo do previsto inicialmente. Com isso, a empresa diz ter a expectativa de captura de Ebtida – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, de cerca de R$ 40 milhões em 2023 e de aproximadamente R$ 60 milhões ao ano a partir de 2024.
“Para o parque [número de lojas] atualizado de 246 unidades, que mantêm a presença da companhia em todos os estados da federação, o foco estará em maximizar a produtividade e resultado operacional, com suporte do braço digital e inovações no modelo operacional”, informou.
A crise na Marisa já dura mais de dez anos. Neste ano, a companhia, que revelou que o processo atua de renegociação de dívidas atingiu 90% do total de seus fornecedores e 97% do total de valores devidos aos seus parceiros de revenda, além dos problemas financeiros, viu cinco executivos da alta cúpula da empresa renunciarem aos cargos.
Após a saída desses executivos, a companhia contratou assessores externos e anunciou emissões de debêntures (títulos de dívida) e a venda de direitos creditórios (direitos aos créditos que a companhia tem a receber).
De acordo com a Marisa, a empresa foi criada com foco na classe média – nos últimos anos, a companhia apertou as margens para manter preços baixos, deixou de inovar e ainda precisou lidar com a redução de qualidade dos produtos e a perda de poder de compra dessa fatia da população.
Como as contas passaram a não bater, a empresa passou a relatar seguidos prejuízos. Esses resultados ruins, aliado a demora em uma mudança nas perspectivas da empresa, fizeram com que as ações da Marisa da casa dos R$ 27 em 2013 para menos de R$ 1 nos dias de hoje.
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