Embora o governo Bolsonaro afirmasse que não possui mais o intuito de realizar a privatização da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o processo continua ocorrendo. Atualmente, estão sendo realizados estudos para a desestatização da empresa estatal. Nesta última semana, foi publicada uma lista com os 35 principais projetos do governo para o ano de 2021 e, nela, estavam mais ideias de privatizar a Eletrobrás.
O Ministério da Economia afirmou que o processo de venda somente pode ocorrer após a finalização das pesquisas. Esta, é prevista que seja terminada até o fim deste ano. Em dezembro, o presidente da República afirmou que os defensores são ratos: “Para quem fala em privatização, enquanto eu for o presidente essa é a casa de vocês. Nenhum rato vai querer privatizar isso aqui para beneficiar seus amigos”. Segundo o Canal Rural, no ano de 2020, a companhia fechou com um lucro de R$ 8 milhões.
Privatização da Ceagesp: estudos e história
No ano de 2019, a CEAGESP foi incorporada como Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O decreto foi assinado pelo ministro da economia, Paulo Guedes. Em março do ano passado, contrataram uma consultoria de R$ 2,6 milhões para estudar a possível privatização da mesma. Contudo, o presidente desistiu da ideia em dezembro, em que já havia gasto mais de R$ 500 mil com as pesquisas.
Segundo o Estadão, a BNDES negou que haja orientações de parada de estudos. Após o ocorrido, o Ministério da Economia confirmou que não haviam parado os estudos e que iriam enviar dados em nota para o Conselho do PPI. O Planalto não se manifestou em relação ao caso.
Em suma, a empresa surgiu em 31 de maio de 1969. Contudo, sofreram prejuízos nos últimos 04 anos. Ela foi o resultado da fusão entre dois nomes: Centro Estadual de Abastecimento (CEASA) e a Companhia de Armazéns Gerais do estado de São Paulo (CAGESP). No ano de 1997, estava vinculada ao Ministério da Agricultura, e em 2019, foi transferida ao Ministério da Economia.