O primeiro dia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República foi marcado por “revogaços” de decretos da gestão do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), exonerações de servidores públicos, posses de ministros, reuniões bilaterais e uma grande queda no Ibovespa, a Bolsa de Valores do Brasil.
Novo governo afirma que preços dos combustíveis vão cair no Brasil em 2023
Logo na manhã desta segunda-feira (02), a gestão de Lula revogou inúmeras medidas implementadas no governo de Bolsonaro como, por exemplo, os processos de privatização de oito estatais como a Petrobras e os Correios. Além disso, a nova administração também revogou:
- Uma série de normas que facilitavam e ampliavam o acesso da população a armas de fogo e munição;
- E o decreto que incentivou, em 2020, a criação de classes especializadas em escolas regulares e escolas próprias para pessoas com deficiência.
Além das revogações, a gestão de Lula também exonerou 952 servidores públicos e ainda nomeou oficialmente 19 novos membros do governo, dentre eles, pessoas que integrarão os times dos seguintes novos ministros:
- Fernando Haddad, da Fazenda;
- Juscelino Filho, das Comunicações;
- Camilo Santana, da Educação;
- Rui Costa, da Casa Civil;
- Nísia Trindade, da Saúde,
- Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública;
- E José Múcio Monteiro, da Defesa.
Também nesta segunda, Lula se reuniu com algumas autoridades, como os presidentes da Argentina, Portugal e Bolívia. De acordo com as informações, a reunião se estendeu até as 17h30 e, além dos citados, ainda contou com o rei da Espanha, os presidentes do Equador, Chile, Colômbia e outros.
Por fim, o primeiro dia do novo governo ficou marcado pela reação negativa do mercado às medidas econômicas. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, fechou em forte queda nesta segunda, no primeiro pregão do ano. No final do dia, a queda foi de 3,06%, a 106.376 pontos. O tombo foi maior ainda nas ações da Petrobras e do Banco do Brasil, que caíram 6,67% e 4,23%, respectivamente.
Leia também: Lula pode divulgar informações de Bolsonaro sobre o sigilo de 100 anos? Saiba mais