Garantindo mais segurança e eficiência nos resultados cirúrgicos, a robótica vem sendo cada vez mais utilizada nas intervenções médicas brasileiras. Recentemente, a primeira cirurgia robótica para o tratamento da Diabetes tipo 2 foi realizada no país.
A cirurgia metabólica do trato gastrointestinal com o uso de técnicas bariátricas é uma opção para pacientes que não responde ao uso de medicamentos.
Com o uso do robô, esta intervenção se tornou ainda mais eficiente, visto que no modo anterior era feita pela técnica de laparoscopia por vídeos, uma modalidade cirúrgica minimamente invasiva na qual pequenas incisões são feitas na região abdominal.
Critérios para a cirurgia robótica metabólica do trato gastrointestinal
Como destacado acima, a cirurgia robótica metabólica do trato gastrointestinal é indicada para casos de pacientes que não apresentam melhoras com tratamento clínico ou insulina.
Além disso há outros fatores que devem ser levados em consideração ao buscar a cirurgia como alterativa para o tratamento da Diabetes tipo 2, entre eles:
- Ter sido diagnosticado com diabetes há menos de dez anos;
- Ter menos de 70 anos de idade
- Usar dois ou três comprimidos por dia
- Fazer uso de insulina
- Ter obesidade grau 1
Vale destacar que em caso de obesidade mórbida outro tipo de cirurgia é indicado, a bariátrica.
Mais sobre a cirurgia
A cirurgia robótica metabólica do trato gastrointestinal visa estimular o pâncreas a produzir insulina.
Garantindo mais precisão na abordagem, a técnica é caracterizada pelo controle de um robô pelo cirurgião que movimenta seus quatro braços mecânicos articulados em até 360º. Esses braços são equipados com diversos instrumentos médicos.
Todo o procedimento é feito através de um painel de controle na sala de cirurgia.
Os robôs ainda são equipados com câmeras que garantem imagens 3D, ampliadas em até 20 vezes.
Bem menos invasiva em relação aos métodos utilizados anteriormente, a cirurgia robótica metabólica do trato gastrointestinal também permite uma redução de tempo, tanto do procedimento, quanto da própria recuperação do paciente.
Sobre a Diabetes do Tipo 2
De acordo com a Federação Internacional do Diabetes (IDF), o Brasil possui 17 milhões de adultos convivendo com o diabetes, sendo que nove em cada dez casos são de diabetes tipo 2.
A condição é caracterizada pela insuficiente de insulina produzida pelo pâncreas, como também pela incapacidade do organismo de utilizar a insulina.
Mais comum em pessoas acima dos 40 anos, a Diabetes do Tipo 2 vem aumentando nas últimas décadas. A justificativa para isso é a mudança no estilo de vida das pessoas, que estão cada vez mais sedentárias e sem hábitos saudáveis de alimentação.
Indivíduos com histórico familiar de Diabetes têm maior risco de desenvolver a doença.
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