A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, na noite desta quinta-feira (03), que não existe mais nenhum bloqueio nas rodovias federais do Brasil, as quais estavam tomadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam a derrota do chefe do Executivo para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com as informações da PRF, ao todo, foram 936 manifestações desfeitas nos últimos dias. Ainda conforme a corporação, não existem mais bloqueios totais, mas ainda há 24 interdições parciais em rodovias pelo Brasil. Conforme a entidade, os estados com interdições parciais são:
- Amazonas: 02 interdições;
- Mato Grosso do Sul: 01 interdição;
- Mato Grosso: 07 interdições;
- Pará: 06 interdições;
- Rondônia: 08 interdições.
“Nos demais estados não há registros de interdições e bloqueios”, relatou a corporação, que começou a operação na madrugada de terça-feira (01) após uma ordem de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a PRF deveria encerrar o bloqueio de rodovias, além de aplicar multas aos participantes desses interdições ilegais.
⚠️ Todas as rodovias federais livres de bloqueios.
🚧 Ocorrências em rodovias federais no Brasil:
🛣️ Total de manifestações desfeitas: 936
Interdição (fluxo parcialmente impedido): 24
Bloqueio (Fluxo totalmente impedido): 0 pic.twitter.com/PCHeg8SEX4— PRF Brasil (@PRFBrasil) November 3, 2022
Antes da decisão, circulavam vídeos nas redes sociais ondem era possível ver agentes da corporação dizendo que concordavam com os manifestantes, que se reuniram para bloquear as estradas a fim de que fosse possível a aplicação de um golpe militar. Na quarta-feira (02), apoiadores de Bolsonaro se reuniram em frente a quarteis generais e pediram intervenção militar.
Nesta quinta, Alexandre de Moraes salientou que o resultado da eleição é incontestável e quem o ataca deve ser tratado como um “criminoso”. “Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, criminosos, que serão combatidos, e os responsáveis responsabilizados sob a pena da lei. A democracia venceu novamente no Brasil”, afirmou o ministro.
Ainda durante sua declaração, realizada na primeira sessão após as eleições presidenciais, o presidente do TSE ressaltou que “aqueles que criminosamente não estão aceitando, que estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”.
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