Um exemplo do esforço do trabalho executado pelos imigrantes brasileiros em Portugal são as contribuições à Previdência Social que já atingiram a margem de 350 milhões de euros. Vale mencionar que este número também inclui o investimento em Segurança Social e se refere ao ano de 2020.
Normalmente isso acontece em um período no qual as contribuições de estrangeiros ao sistema de apoio de trabalhadores imigrantes e portugueses. A iniciativa fez com que o sistema superasse o 1,075 bilhão de euros, segundo o relatório estatístico realizado pelo Observatório das Migrações.
A contribuição dos brasileiros à Previdência Social de Portugal equivale a 32,5%. E mesmo diante das dificuldades vinculadas à pandemia da Covid-19 desde março de 2020, nota-se um aumento considerável em comparação ao mesmo período em 2019. No ano em questão, as contribuições dos brasileiros foram de 295 milhões de euros, o correspondente a 29,7%.
Ao fazer uma análise das contribuições feitas por toda a população estrangeira residente em Portugal, os brasileiros representavam 26,1% em 2019 e 37,8% no último ano. E ainda assim, por diversas vezes os brasileiros não adquiriram a autorização de residência, mesmo contribuindo para a Previdência Social de Portugal.
Mesmo com esta contribuição bilionária, os imigrantes só foram restituídos com 273 milhões em prestações sociais de apoio à doença e desemprego, por exemplo. O relatório ainda mostra que a relação com os imigrantes é extremamente vantajosa para a Segurança Social portuguesa, que já teve a oportunidade de se beneficiar de saldos positivos em cerca de 884 milhões de euros no ano de 2019, batendo um novo recorde.
Posteriormente, a segunda maior arrecadação ocorreu em 2020 com 802,3 milhões de euros. De acordo com o relatório, a manutenção dos valores positivos oriundos de saldos financeiros junto a estrangeiros reforça a conclusão de que a imigração em Portugal é essencialmente laboral e ativa, se posicionando contrário ao argumento de que determinados países europeus e de que a imigração tem o propósito de maximizar apoios públicos e promover um desgaste às contas públicas.
De toda forma, os brasileiros se sobressaem como o grupo de estrangeiros que mais recorreram às prestações de desemprego durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19. Conforme apurado, somente em 2020 foram 44.440, contra 6.386 em 2019.
“Os estrangeiros residentes continuam a ter menos beneficiários do sistema de proteção social por contribuintes que os nacionais (…) os estrangeiros assumem maior capacidade contributiva e são necessários para apoiar a sustentabilidade do sistema”, aponta o relatório.