Trabalhar em grandes companhias possui diversas vantagens. Entre elas, uma das principais é o apreço das maiores empresas por fidelizar os funcionários. Para fazer isso, é comum que algumas ofereçam serviços de previdência privada fechada, onde apenas os funcionários podem aderir ao plano. Contudo, muita gente acaba não aderindo ao produto.
Por isso, hoje vamos entender se vale a pena ter essa previdência privada empresarial e como ela pode agregar muito no seu planejamento financeiro. Vale ressaltar que a oferta dessa possibilidade depende de cada empresa e pode variar de acordo com o porte da companhia.
Os tipos de previdência privada
Os fundos de previdência privada possuem dois tipos no Brasil: o PGBL e o VGBL. Na prática, o produto de investimentos é o mesmo, mudando apenas a forma como a Receita Federal vai olhar para o seu investimento. Dessa forma, é preciso entender para quem cada um serve, para que a escolha seja assertiva e de acordo com o planejamento financeiro pessoal.
A previdência privada VGBL é indicada para quem faz a declaração do imposto de renda de forma simplificada. Na prática, o imposto incide apenas sobre os rendimentos do produto e não gera o abatimento na declaração anual. Por isso, é a mais indicada para quem ainda não tem um grande salário mensal, mas que já quer começar a fazer investimentos para o longo prazo.
Por outro lado, o modelo PGBL faz sentido para investidores que fazem a declaração completa do imposto de renda. Isso porque o valor investido na previdência privada, por essa modalidade, é abatido da renda anual. Na prática, uma pessoa com salário de R$ 100 mil ao ano deve investir até R$ 12 mil no PGBL. Para fins de declaração, a Receita Federal vai considerar que o salário anual é de R$ 88 mil. Isso aumenta a restituição ou diminui o valor a ser pago.
Contudo, a variação é apenas para os fundos abertos. Para as empresas, há somente a possibilidade de fundos PGBL, o que não deixa de ser uma excelente vantagem para o trabalhador.
Vale a pena aderir?
De forma geral, vale muito a pena aderir a esses produtos de previdência privada. Isso porque as instituições costumam dar excelentes incentivos para os trabalhadores que fazem essa adesão. Contudo, é preciso analisar cada caso para não fazer uma má escolha.
Isso porque só vale a pena se a empresa coloca um valor adicional para o contribuinte. Nesses casos, se o trabalhador investe R$ 100 e a empresa coloca mais R$ 100, vale a pena. Caso a empresa não faça isso, aí é melhor procurar de forma autônoma produtos melhores.
Vale ressaltar que, ao ser desligado da empresa, o funcionário pode receber o valor aportado ao longo de todos os anos, com as devidas correções do fundo de previdência privada. Além disso, a contratação de uma previdência empresarial não significa que você não precise mais investir em outros ativos. A reserva de emergência e outras previdências seguem sendo recomendadas, justamente para você ter ainda mais tranquilidade financeira.