Nesta segunda-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Desse modo, o IBC-BR apontou retração de 2% da atividade econômica em maio na comparação com abril, quando apresentou uma expansão de 0,56%.
Vale destacar que essa é a maior queda do IBC-Br desde março de 2021, quando encolheu 3,6%. Contudo, o que tais dados afetam a vida dos brasileiros? Vejamos.
PIB e IBC-Br
O Produto Interno Bruto (PIB) representa o total de produtos e serviços produzidos na nação, sendo utilizado para determinar o crescimento da economia. O índice é construído a partir de uma estimativa da produção agrícola, industrial e de serviços, além dos impostos, e não considera a demanda agregada, ou seja, incorporada na contagem do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o IBC-Br, é um índice projetado para tentar adivinhar o crescimento do PIB, mas que nem sempre se alinha com os resultados oficiais, divulgados pelo IBGE. Assim, o IBC-Br funciona como uma das ferramentas do BC para definir a taxa de juros principal do país, a Selic. Como resultado, com o menor aumento da economia, menos estímulo para a inflação.
Vale destacar que, durante doze meses, o IBC-Br cresceu 3,43%. Comparando os resultados de hoje com os anteriores, é possível observar uma alta de 2,15%. Assim, devido à constante revisão, o valor médio em doze meses é mais consistente do que o valor médio mensal.
Por essa razão os economistas estimam uma tendência de baixa nos preços dos combustíveis, a valorização do real e o possível corte na taxa de juros em agosto, podem ajudar a promover um crescimento acima do esperado para o ano.
Como o PIB afeta sua vida?
Embora o cálculo do PIB não considere as especificidades ou o comportamento dos indivíduos da população, o indicador afeta diretamente o cotidiano dos brasileiros. Portanto, quanto maior o PIB, mais aquecida a economia, o que, por sua vez, aumenta a oferta de oportunidades de trabalho. Um dos principais componentes da taxa de crescimento do PIB se dá a partir do consumo das famílias.
Assim, as empresas têm um foco maior na produção de produtos e serviços que atendam a essa demanda, isso levará a oportunidades adicionais de emprego. Por outro lado, a diminuição do PIB é equivalente a uma desaceleração da economia brasileira, tendo um efeito colateral na vida das pessoas quando se trata do investimento do Estado em serviços básicos.
Consequentemente, um baixo crescimento do PIB indica que a potência de investimento do Estado é menor, impedindo que a verba seja transferida para áreas fundamentais, como a educação e a saúde. Paralelamente, a regressão do PIB tem efeito nos pagamentos por parte União aos Estados, causando uma deterioração nos serviços públicos, levando a greves e manifestações em algumas circunstâncias.
Em suma, essa falta de fundos torna-se nociva à população em geral, resultando em atrasos na conclusão de obras e falta de itens em escolas e hospitais.