O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,58% em janeiro deste ano. Assim, ficou 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa observada no mês anterior (0,78%). A saber, o IPCA-15 é a prévia da inflação oficial do Brasil.
Apesar de ter registrado uma desaceleração firme no primeiro mês do ano, o índice segue com uma variação bastante expressiva em 12 meses (10,20%). Ainda assim, o nível ficou abaixo da inflação registrada nos 12 meses anteriores (10,42%).
Na comparação com janeiro de 2021, a variação do IPCA-15 também ficou 0,20 p.p. menor (0,78%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (26).
Queda dos preços de gasolina e passagens aéreas derruba inflação
De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta em janeiro. A única exceção foi o grupo transportes, cuja taxa despencou de 2,31% para -0,41%.
A saber, a queda dos preços de dois itens puxaram o grupo para baixo: gasolina (-1,78%) e passagens aéreas (-18,21%). Ambos os itens contribuíram com -0,12 ponto percentual (p.p.) cada no IPCA-15 em janeiro, segundo o IBGE. Aliás, o grupo transportes encerrou o mês impactando o índice em -0,09 p.p.
Por outro lado, três grupos impulsionaram a inflação em janeiro: alimentação e bebidas (+0,20 p.p.), saúde e cuidados pessoais (+0,12 p.p.) e habitação (+0,10 p.p.).
No caso do grupo alimentação, “os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%)”, disse o IBGE. Já o destaque do grupo saúde foram os itens de higiene pessoal (+3,79%). Em habitação, destacaram-se o aluguel residencial (+1,55%) e o gás encanado (+8,40%).
Os impactos provocados pelos outros grupos no IPCA-15 em janeiro foram os seguintes: artigos de residência (+0,06 p.p.), vestuário (+0,06 p.p.), despesas pessoais (+0,06 p.p.), comunicação (+0,06 p.p.) e educação (+0,01 p.p.).
Por fim, vale ressaltar que, para a divulgação da prévia da inflação, houve a coleta dos dados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Recife, Salvador, Fortaleza e Belém.
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