O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,78% em dezembro deste ano. Assim, ficou 0,39 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa observada no mês anterior (1,17%). A saber, o IPCA-15 é a prévia da inflação oficial do Brasil.
Apesar da forte desaceleração em dezembro, o índice fechou o ano com uma variação acumulada de 10,42%. Esse é o maior patamar do IPCA-15 desde 2015, quando a prévia da inflação anual chegou a 10,71%.
Na comparação com dezembro de 2020, a variação do IPCA-15 ficou 0,28 p.p. menor (1,06%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (23).
Gasolina exerce maior impacto individual na inflação em dezembro
De acordo com o IBGE, sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta em dezembro. As únicas exceções foram educação, que apresentou uma variação nula no mês (0,00%) e saúde e cuidados pessoais, que caiu 0,73%.
Por outro lado, o grupo transportes registrou novamente a maior variação mensal, mesmo desacelerando de 2,89% para 2,31%. Aliás, o grupo também exerceu o maior impacto no IPCA-15 em dezembro, de 0,50 p.p., assim como no mês anterior. Isso quer dizer que 64,1% da variação da inflação ocorreu apenas por causa desse grupo.
Por falar nisso, o item gasolina se destacou mais uma vez. Após responder por 0,40 p.p. do IPCA-15 em novembro (ou 34,19% da variação total), o item exerceu um impacto individual de 0,21 p.p. em dezembro. Isso corresponde a 26,92% do IPCA-15 do mês.
Em seguida, ficou o grupo habitação, que exerceu o segundo maior impacto entre os grupos no mês, de 0,15 p.p. Já o grupo alimentação e bebidas impactou o IPCA-15 em 0,07 p.p. Dessa forma, os três grupos responderam por 92,3% da variação do índice no mês.
Por fim, vale ressaltar que, para a divulgação da prévia da inflação, houve a coleta dos dados nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Recife, Salvador, Fortaleza e Belém.
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