Os brasileiros sofreram menos com os aumentos dos produtos em julho, no geral. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou de 0,69% em junho para 0,13% em julho.
Em resumo, a desaceleração não quer dizer que os preços caíram em julho. Na verdade, os bens e serviços ficaram novamente mais caros no país. Contudo, o avanço foi bem mais tímido que em junho, mas, ainda assim, foi um aumento.
Com o acréscimo deste resultado, o índice passou a acumular uma variação de 11,39% em 12 meses, abaixo dos 12,04% registrados em junho, a ritmo anual.
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Seis dos nove grupos têm variação positiva em julho
O IBGE revelou que seis dos nove grupos pesquisados tiveram variação positiva em julho. Veja abaixo a variação de cada um deles:
- Vestuário: 1,39%;
- Alimentação e bebidas: 1,16%;
- Despesas pessoais: 0,79%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,71%;
- Artigos de residência: 0,39%;
- Educação: 0,07%.
Em suma, o maior impacto individual em julho veio do leite longa vida, que disparou 22,27%. Dessa forma, o item impulsionou o grupo alimentação e bebidas, cuja taxa havia variado apenas 0,25% em junho. Aliás, o grupo impactou o IPCA-15 em 0,25 ponto percentual (p.p.) neste mês.
O grupo vestuário também se destacou, apresentando a maior variação entre os grupos pesquisados, assim como aconteceu em junho. Em 2022, a atividade acumula alta expressiva de 11,01%.
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Três grupos apresentam taxas negativas no mês
Os três grupos restantes tiveram resultados negativos em julho, limitando o avanço da prévia da inflação no mês. A saber, o grande destaque foi o grupo transportes, cuja variação despencou devido à redução do ICMS sobre alguns itens, como os combustíveis.
- Transportes: -1,08%;
- Habitação: -0,78%;
- Comunicação: -0,05%.
“No final de junho, foi sancionada a Lei Complementar 194/22, que reduziu as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. A lei federal foi posteriormente incorporada no âmbito das legislações estaduais, contribuindo para o recuo de preços observado nesses grupos”, explicou o IBGE.
“Houve uma queda mais significativa no grupo de transportes, principalmente pela redução de 5,01% no preço da gasolina e de 8,16% no do etanol. Na parte de energia, houve redução de ICMS em várias regiões”, acrescentou.
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