Os brasileiros continuam sofrendo com os preços elevados de diversos produtos e serviços no país. Nesta quarta-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes da prévia da inflação no Brasil. E o resultado evidencia as dificuldades enfrentadas pela população em 2022.
Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 1,73% em abril. A saber, este é o maior patamar para o mês de abril desde 1995 (1,95%), ou seja, o nível é o mais elevado em 27 anos. Com o acréscimo deste resultado, o IPCA-15 passou a acumular uma alta de 12,03% nos últimos 12 meses.
De acordo com o levantamento, o grupo transportes foi o principal responsável pela disparada da inflação neste mês. Em suma, a variação do grupo saltou de 0,68% em março para 3,43% em abril, impactando a prévia da inflação em 0,74 ponto percentual (p.p.). Isso quer dizer que o grupo respondeu por 42,8% da variação do IPCA-15 no mês.
No grupo, o destaque ficou com os combustíveis, que variaram 7,54%. Aliás, a gasolina subiu 7,51% em abril e respondeu sozinha por 0,48 p.p. da variação da prévia da inflação no mês. Também houve altas firmes nos preços do óleo diesel (13,11%), etanol (6,60%) e gás veicular (2,28%).
Grupo alimentação e bebidas ajuda a pressionar preços
O IBGE também revelou que o grupo alimentação e bebidas exerceu a segunda maior influência no IPCA-15 em abril, de 0,47 p.p. Em síntese, o que mais impulsionou a taxa do grupo foram os alimentos para consumo no domicílio, que ficaram 3,00% mais caros. Os destaques foram tomate (26,17%) e leite longa vida (12,21%).
O grupo habitação exerceu o terceiro maior impacto (0,28 p.p.), puxado pelo gás de botijão, cujos preços saltaram 8,09%. O item respondeu por 0,11 p.p. da influência do grupo no IPCA-15. A energia elétrica também se destacou, com uma variação de 1,92% e um impacto de 0,09 p.p..
Por fim, os outros seis grupos pesquisados pelo IBGE tiveram influências bem mais tímidas em abril: vestuário (0,09 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,06 p.p.), despesas pessoais (0,05 p.p.) e artigos de residência (0,04 p.p.). Já os grupos educação e comunicação registraram uma influência nula na prévia da inflação em abril.
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