O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,53% em novembro. Na comparação com outubro, o indicador acelerou, visto que sua variação havia sido de apenas 0,16% no mês anterior. A saber, este índice é considerado a prévia da inflação oficial.
As duas variações positivas acontecem após o IPCA-15 registrar deflação em agosto (-0,73%) e setembro (-0,37%). Por falar nisso, deflação corresponde à queda dos preços de bens e serviços, sendo o oposto da inflação, que reflete o encarecimento desses itens.
Com o acréscimo do resultado de novembro, a variação acumulada pelo índice nos últimos 12 meses caiu de 6,85% para 6,17%. Por outro lado, no acumulado de 2022, o IPCA-15 acelerou de 4,80% para 5,35%, permanecendo acima da meta da inflação para o ano, de 3,50%, e ultrapassando o limite superior definido, de 5,00%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo indicador, divulgou as informações nesta quinta-feira (24).
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Inflação sobe em oito dos nove grupos pesquisados
O IBGE revelou que oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em seus preços em novembro. Veja abaixo a variação destes grupos:
- Vestuário: 1,48%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,91%;
- Alimentação e bebida: 0,54%.
- Artigos de residência: 0,54%;
- Transportes: 0,49%;
- Habitação: 0,48%;
- Despesas pessoais: 0,27%;
- Educação: 0,05%.
“Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro, com exceção de Comunicação (0,00%), que apresentou estabilidade”, informou o IBGE.
De acordo com o IBGE, os grupos que exerceram os maiores impactos em novembro foram alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais, influenciando a prévia da inflação em 0,12 ponto percentual (p.p.), cada.
Outro destaque em novembro foi o grupo transportes, que impactou o IPCA-15 em 0,10 p.p. Em síntese, os preços dos combustíveis subiram 2,04% neste mês, após cinco meses de queda.
“Se em outubro os preços da gasolina recuaram 5,92%, em novembro subiram 1,67%, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.). Além disso, os preços do etanol (6,16%) e do óleo diesel (0,12%) também subiram”, disse o IBGE.
A saber, o preço do gás veicular caiu 0,98% em novembro, sendo este o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados.
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