A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,1% no primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o trimestre anterior, a taxa ficou estável, mas caiu 3,8 pontos percentuais (p.p.) em relação aos três primeiros meses de 2021 (14,9%).
Em números absolutos, havia 11,9 milhões de pessoas desempregadas no Brasil entre janeiro e março deste ano. Embora seja bastante expressiva, a taxa é bem inferior aos números registrados no início do ano passado.
A saber, as informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto divulgou os dados nesta sexta-feira (27).
Quase dois em cada três desempregados são pretos ou pardos
De acordo com o levantamento do IBGE, 64% dos desempregados do país são pretos ou pardos. Em resumo, os pardos lideram o quesito e representam mais da metade dos desempregados no primeiro trimestre (50,8%). Em seguida, ficaram brancos (34,8%), e pretos (13,4%) tiveram a menor taxa.
Vale destacar que dados divulgados pelo IBGE em 2019 revelaram que 47,3% da população brasileira se autodeclarava parda, seguida por brancos (43,1%) e pretos (9,5%). Em outras palavras, o desemprego atinge bem mais fortemente os pardos e pretos do que os brancos.
A propósito, a taxa de desocupação entre brancos chegou a 8,9%, ficando abaixo da média nacional. Por outro lado, a taxa entre pretos foi de 13,3% e entre pardos ficou em 12,9%, ou seja, ambos superaram a taxa do país no trimestre.
Além disso, o IBGE destacou que 53,9% dos desempregados eram mulheres, enquanto 46,1% eram homens. A saber, a taxa de desocupação entre as mulheres ficou em 13,7%, contra 9,1% entre os homens no período.
Por fim, o levantamento do IBGE revelou que a taxa de desocupação chegou a 11,9% entre as pessoas com nível superior incompleto. Aliás, o valor ficou duas vezes maior que a taxa entre pessoas com nível superior completo (5,6%).
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