Tanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), quanto o do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), defenderam nesta quinta-feira (28) o sistema eleitoral brasileiro. A primeira declaração foi de Arthur Lira, que disse “pensar diferente” sobre a segurança do sistema “coloca em dúvida a legitimidade de todos os eleitos pelas urnas”.
Arthur Lira fez sua declaração nas redes sociais um dia depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que as Forças Armadas sugeriram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma apuração paralela de votos por militares. “O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir — sem tensionamentos — para as eleições livres e transparentes”, afirmou o presidente da Câmara.
Logo após a declaração de Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, também em sua rede social, escreveu que não tem “cabimento” duvidar da legitimidade do processo eleitoral no Brasil e que a Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. “Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia”, afirmou o senador, completando ainda que a Justiça Eleitoral é eficiente e que as urnas eletrônicas são confiáveis.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu o chefe do Senado.
Declarações de Bolsonaro sobre as urnas
Desde que foi eleito, Bolsonaro costuma, apesar de nunca ter provado nada, levantar falsas suspeitas sobre o sistema eleitoral. Na quarta, ele, participando de um ato de apoio ao deputado Daniel Silveira (PTB), disse que as Forças Armadas recomendou ao TSE um computador próprio para receber os votos a fim de que os militares façam uma apuração própria. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que os votos das eleições são apurados em uma “sala secreta” do TSE, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘Olha, quem ganhou foi esse'”.
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