Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta quinta-feira (12) que o país terá eleições limpas e que “ninguém e nada interferirá” na Justiça Eleitoral. Na ocasião, o chefe da Corte ainda fez um trocadilho com as Forças Armadas, dizendo que quem cuida das eleições são as “forças desarmadas”.
Entidades enviam ao STF e ao TSE manifesto em defesa da democracia e das eleições
A declaração do ministro foi feita durante sua visita à sala do tribunal onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas. Na ocasião, ele afirmou que não será admitida nenhuma circunstância que vise impedir o brasileiro de se manifestar.
“País e sociedade agradecem. Vamos ter dia 2 de outubro, o Brasil terá eleições limpas, seguras, com paz e segurança. Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Não admitimos qualquer circunstância que impeça o brasileiro de se manifestar”, afirmou Fachin.
Ainda segundo o presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), “quem irá vencer nas eleições será a democracia”. “Nós vamos diplomar os eleitos e isso certamente acontecerá. Há muito barulho, mas esse tribunal opera com racionalidade técnica”, disse.
Se contrapondo a Bolsonaro
Nos últimos dias, Edson Fachin vem se contraponto às tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de levantar, novamente e sem provas, suspeitas sobre a confiabilidade das urnas. Os comentários do chefe do Executivo acontecem mesmo com autoridades de diferentes órgãos se pronunciando no sentido de que o processo eleitoral brasileiro é seguro.
Nesta quinta, Edson Fachin voltou a ser questionado sobre as atitudes de Bolsonaro. Na ocasião, ele afirmou que quem atenta contra o processo eleitoral está, na verdade, agindo contra a democracia.
“Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia. É um fato e fato fala por si só. Não se trata de recado, é uma constatação. Temos respeito a todo chefe de estado e jamais nos furtarem a diálogo. Não há afirmação do que desborde da legalidade constitucional”, disse o presidente do TSE.
Em outro momento, ao comentar sobre a sugestão de Bolsonaro, que queria que as Forças Armadas fizessem uma apuração paralela dos votos, o número um do TSE disse que aceita colaborações, mas que a palavra final é da Justiça Eleitoral.
“Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral”, completou ele.
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