Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta terça-feira (17) que a Corte quer trazer ao Brasil mais de 100 observadores internacionais para acompanhar as eleições de outubro.
‘Não permitiremos a subversão do processo eleitoral, diz presidente do TSE
“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, disse o presidente do TSE durante a abertura da palestra do professor Daniel Zovato, diretor para a América Latina e Caribe do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional).
Ainda durante seu discurso, Edson Fachin também revelou a criação de uma rede que tem como objetivo garantir a vinda ao Brasil de observadores da União Europeia. Segundo o presidente do TSE, foram convidados a acompanhar as eleições no Brasil:
- Organização dos Estados Americanos (OEA);
- Parlamento do Mercosul;
- Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
- União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE);
- Centro Carter;
- Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES);
- E rede Mundial de Justiça Eleitoral.
Observadores europeus nas eleições 2022
Nesta terça, Edson Fachin relatou que o tribunal criou uma rede que tem como objetivo trazer esses observadores internacionais ao Brasil para que eles possam acompanhar a disputa eleitoral.
Segundo o presidente do órgão, o objetivo dessa rede é “garantir a vinda ao Brasil antes e durante as eleições, não apenas dos organismos mencionados, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo”.
De acordo com as informações, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fez pressão para evitar o convite aos observadores europeus. No entanto, conforme relatou a jornalista da “Globo News”, Ana Flor, o TSE insistiu em trazer ao Brasil esses especialistas.
Nas últimas semanas, Bolsonaro voltou a fazer ataques ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas, mesmo sem apresentar provas. Na semana retrasada, ele chegou a sugerir que as Forças Armadas pudessem fazer uma apuração paralela dos votos, o que não tem nenhuma previsão na Constituição.
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