Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu um prazo de cinco dias para que o chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), dê explicações sobre o encontro que ele convocou e realizou com embaixadores estrangeiros.
Assim como publicou o Brasil123, na última segunda-feira (18), Bolsonaro convocou o evento no Palácio da Alvorada, em Brasília, e, na ocasião, voltou a repetir as suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições e a segurança das urnas eletrônicas. Isso, novamente sem provas.
Depois do encontro, inúmeros partidos acionaram o TSE para que Bolsonaro fosse punido. O PDT, por exemplo, pediu que o tribunal determinasse a remoção dos vídeos relacionados a reunião da página do presidente.
Segundo o partido, as afirmações de Bolsonaro “têm capacidade de ocasionar uma espécie de efervescência nos seus apoiadores e na população em geral, ainda mais quando o conteúdo é difundido através de redes sociais, que possuem um alto alcance entre os usuários”.
Assim como o PDT, o PT também pediu que o TSE ordenasse a retirada dos vídeos. No entanto, o partido também pediu para que fosse determinado que Bolsonaro parasse de fazer publicações que visam atacar o sistema eleitoral brasileiro.
A Rede e PCdoB foram além e pediram que o TSE determinasse que a “TV Brasil” retirasse o vídeo – o canal, que é público, transmitiu o discurso de Bolsonaro no YouTube. As duas legendas também querem que tanto Bolsonaro quanto o PL, partido do chefe do Executivo, façam uma “errata desmentindo os termos das declarações” sobre urnas e o sistema eleitoral, nos mesmos meios em que foram divulgadas as informações.
Por conta dos pedidos, o presidente do TSE determinou o prazo para que Bolsonaro preste informações sobre o caso. Nos últimos dias, Edson Fachin tem feito esforços para defender o sistema eleitoral brasileiro.
Na quarta-feira (20), por exemplo, ele voltou a reafirmar sobre a integridade do sistema eleitoral, dizendo que é “hora de dizer basta à desinformação”. “É hora também de dizer não ao populismo autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988″, disse o presidente do TSE.
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