Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), afirmou nesta sexta-feira (03) durante uma entrevista coletiva que os participantes dos atos que culminaram nas invasões e depredações nas sedes do Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto – no dia 08 de janeiro terão que arcar com os prejuízos causados.
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A declaração foi feita no momento em que ele afirmava que o TCU está tentando calcular os prejuízos causados ao patrimônio nacional com os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília. De acordo com o presidente do órgão, no momento, as diligências estão da fase de “consolidação dos prejuízos”. Segundo Bruno Dantas, após a consolidação, será a hora de cobrar os responsáveis pelas destruições.
“Depois de nós consolidarmos todo o prejuízo iremos abrir uma tomada de contas especial para cobrar no CPF [Cadastro de Pessoa Física] de cada uma das pessoas que foi identificada. Claro que isso é um trabalho que está a cargo da polícia, a identificação das pessoas, mas tão logo nós temos a lista de depredadores, de vândalos, nós iremos responsabilizar no CPF”, disse ele.
Recentemente, Bruno Dantas afirmou que a responsabilização dos culpados é importante para que se evite episódios parecidos com os relatados no 08 de janeiro no futuro. “A história ensina que indulgência não é a melhor forma de se lidar com criminoso. Criminoso precisa ser punido com rigor da lei”, disse o presidente do TCU.
O órgão presidido por Bruno Dantas passou a participar das investigações após o Ministério Público ter solicitado que a instituição colaborasse na identificação dos responsáveis pelos ataques. Segundo Bruno Dantas, até o momento, o TCU já bloqueou cerca de R$ 18 milhões em bens dos acusados de terem participado dos atos.
“Já há uma medida judicial, que foi inaugurada pela Advocacia Geral da União. Já tem mais de 18 milhões de reais bloqueados do patrimônio dessas pessoas, mas nós sabemos que muitas vezes o bloqueio judicial leva muito tempo. O processo do Tribunal de Contas da União é um processo mais rápido. Talvez as coisas possam ser resolvidas com mais velocidade”, afirmou o presidente do TCU.
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