Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está no final de sua gestão à frente da Corte. De acordo com informações da “Folha de S. Paulo”, o ministro tem dito que pretende usar dedicar suas últimas semanas no posto para garantir que as eleições ocorram em paz.
Presidente Bolsonaro diz que não “leva jeito” para o cargo
Nesse sentido, informou o jornal, o ministro deve voltar a procurar as Forças Armadas com o objetivo de dialogar sobre o seu papel nas eleições e pedir serenidade no debate até o final do ano.
Além disso, a ideia de Luiz Fux é também poder conversar com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que voltou a atacar a urna eletrônica, o processo eleitoral como um todo e os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a “Folha”, Luiz Fux está esperando o melhor momento para entrar em contato com o chefe do Executivo. Todavia, isso não está sendo fácil, pois toda a vez que o ministro pensa em contatar Bolsonaro, o presidente ataca um de seus colegas.
Luiz Fux tem adotado uma postura passiva no cargo de presidente do STF e vem sendo criticado por seus colegas por ter feito apenas uma defesa tímida da Corte. Isso, mesmo gerindo ao Supremo em tempos de ataques frequentes de Bolsonaro e das milícias digitais.
Durante sua gestão, o STF deu início a julgamentos que aumentaram os atritos, como a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB), e o avanço de inquérito como o contra as milícias digitais e contra as fake news.
De acordo com a “Folha”, o ministro demonstrou preocupação com a escalada da crise e o STF se prepara para enfrentar os próximos meses. Por conta disso, ele já até pediu para a área de segurança iniciar o planejamento estratégico para o 7 de Setembro.
Isso acontece porque existe o receio de que, caso ainda esteja atrás nas pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro eleve o tom mais uma vez – o presidente já disse que participará das manifestações e que o ato mostrará de qual lado a população está.
Antes do ato de 7 de setembro, apoiadores de Bolsonaro devem fazer uma grande manifestação contra o STF no dia 31 de julho. Segundo as informações, monitoramentos da corte indicam que o ato não deve causar nenhum perigo, mas servirá como um teste para setembro.
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