Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal, saiu em defesa tanto da democracia quanto do judiciário brasileiro, nesta quinta-feira (12), durante sua participação no Congresso Brasileiro de Magistrados, que acontece em Salvador, na Bahia.
Na ocasião, sem ter citado o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o chefe do Senado afirmou que o Congresso Nacional deve “combater os excessos” que vêm sendo registrados e que ele considera como nocivos para a sociedade.
“É preciso haver um fortalecimento das instituições. Como disse o governador Rui Costa [PT] aqui, é inimaginável que chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário”, começou o senador. “Precisamos defender a democracia em tempos de atentados nocivos à sociedade brasileira”, disse Rodrigo Pacheco, completando que é preciso “ter coragem” para defender o judiciário.
“Queria reafirmar aqui que eu respeito o poder judiciário do meu país”, disse o senador, que ainda defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que trata sobre a reestruturação da magistratura brasileira. Segundo ele, o tema deve ser discutido em breve no Senado.
Rodrigo Pacheco comenta sobre a Petrobras
Também nesta quinta, o presidente do Senado Federal, afirmou que, em sua visão, a privatização da Petrobras “não está no radar”. Isso porque, de acordo com o parlamentar, a questão não faz parte das discussões no Congresso neste momento.
“Em relação a esse tema, eu já disse outras vezes e reitero que os estudos, o aprofundamento de modelos, de possibilidades, eu acho importante que tenhamos um estudo aprofundado sobre possibilidades relativamente à Petrobras”, começou.
“Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa porque o momento é muito ruim para isso”, completou o presidente do Senado depois de ter participado de uma reunião com secretários de Fazenda dos estados.
A declaração de Rodrigo Pacheco acontece após, assim como publicou o Brasil123, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ter informado que irá pedir estudos ao governo sobre a eventual privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), uma estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal. Na ocasião, ele afirmou que tem “o aval e o apoio de 100%” de Bolsonaro.
Privatização não é rápida e demandaria muito diálogo
Nesta quinta, depois da declaração de Adolfo Sachsida, Rodrigo Pacheco ressaltou que uma eventual privatização da Petrobras é uma decisão que pode ser estudada o quanto for necessário, “mas não é uma medida rápida de ser tomada”.
Na visão do chefe do Senado, a possibilidade demandaria muito diálogo com participação da sociedade civil, visto que a empresa é um ativo nacional. “Essa definitivamente não é uma solução de curto prazo. Não se tem compreensão nem se é uma solução de médio e longo prazos”, disse.
“Estudos podem ser feitos, é o papel do ministro fazer todos estudos necessários. Mas entre o estudo e a realidade de concretização disso há uma distância muito longa e da qual o Congresso Nacional não se apartará”, acrescentou Rodrigo Pacheco.
Por fim, ele afirmou que, mesmo com o momento complicado ocasionado pelos aumentos sucessíveis dos combustíveis e do lucro alto da estatal, “é preciso reconhecer que a Petrobras é um ativo nacional, que é uma empresa bem-sucedida no nosso país, que precisa ser valorizada”.
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