Valdemar Costa Neto, líder máximo do PL, recebeu uma “carta branca” dos chefes dos diretórios regionais da legenda na quarta-feira (17) para que ele acerte, finalmente, a filiação de Jair Bolsonaro (sem partido) à sigla.
A informação foi divulgada em nota. No documento, o partido relatou que, após uma reunião em Brasília, alinharam-se os pontos e Valdemar Costa Neto pode levar o presidente da república para o partido.
“O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, tem carta branca para conduzir e decidir sobre a sucessão presidencial e a filiação do presidente Jair Bolsonaro”, disse a nota.
Durante entrevista coletiva após o encontro, o senador Jorginho Mello (PL-SC) afirmou que “o partido, unanimemente, entregou uma procuração ao presidente Valdemar para que ele trate com o presidente Bolsonaro. Todo mundo vai receber o presidente de braços abertos”, disse.
Bolsonaro adiou a filiação
A chamada “carta branca” vem após, assim como publicou o Brasil123, Jair Bolsonaro ter anunciado que estava suspendendo sua filiação ao partido. Na ocasião, membros da legenda disseram que essa postergação se deu por conta de entraves em alianças nos estados para as eleições de 2022 e também críticas antigas de Bolsonaro e sua família a Valdemar Costa Neto.
Essa junção do partido será fundamental para que a filiação seja sacramentada. Prova disso é que, na terça (16), Bolsonaro afirmou que as coligações estaduais deveriam entrar em consenso sobre a ida dele para a legenda. “A gente não vai aceitar, por exemplo, São Paulo apoiar alguém do PSDB”, destacou o presidente.
Sendo assim, o problema para que as conversas pudessem voltar e a filiação acontecer parece, por ora, sanado. No entanto, Bolsonaro já deixou claro que existem outras pendências que precisam ser estudadas.
“Temos muitas coisas a acertar ainda. Por exemplo: o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores”, detalhou Bolsonaro.
“A questão de defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar. Casamento tem que ser perfeito”, completou o presidente, que, desde 2019, está sem partido. Neste meio tempo, ele tentou criar sua própria sigla, mas os planos não foram adiante.
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