O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, continua comprando bitcoin para o país. Neste sábado (22), ele anunciou mais uma grande compra da criptomoeda, de 410 bitcoins. Essa quantidade corresponde a US$ 15 milhões, cerca de R$ 82 milhões na cotação atual do dólar.
A saber, Bukele utilizou as redes sociais para anunciar a compra. “Não, eu estava errado, não perdi [a queda]. El Salvador acaba de comprar 410 bitcoins apenas por 15 milhões de dólares. Alguns pessoas estão vendendo muito barato”, escreveu o presidente em sua conta pessoal no Twitter.
Com o acréscimo dessa aquisição, El Salvador passa a ter 1.801 bitcoins em suas reservas. Essa quantidade equivale a R$ 359 milhões.
Vale destacar que o bitcoin vem acumulando uma forte queda nas primeiras semanas de 2021. Em resumo, a criptomoeda caiu para o menor patamar em quase seis meses. E o presidente Bukele aproveitou o momento para fazer uma grande compra da moeda digital.
Bitcoin é uma moeda legal em El Salvador
Em setembro do ano passado, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a aceitar o bitcoin como moeda legal. De acordo com o governo de Bukele, a medida seria positiva para incluir a população no sistema bancário do país. Contudo, estudos indicavam, à época, a reprovação da população pela adoção do bitcoin.
No país, há uma lei que permite ao bitcoin ter “poder libertário ilimitado em qualquer transação”. Nesse cenário, o câmbio entre as moedas ficaria “livremente estabelecido pelo mercado”. Além disso, a lei também obrigava a população “a aceitar o bitcoin como forma de pagamento”.
Diversas organizações, como o Banco Mundial, o FMI e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), não acreditam na legalização do bitcoin como moeda ao lado do dólar. Em suma, o fato de a criptomoeda ser determinada pelo mercado de maneira exclusiva não favorece o mercado de câmbio, pois sua volatilidade é extremamente alta.
El Salvador encerra 2021 como baleia do bitcoin
No ano passado, El Salvador comprou 1.391 bitcoins, segundo os tuítes do presidente Bukele. Dessa forma, o país se tornou uma ‘baleia’ de bitcoin (termo que se refere às carteiras que movimentam grandes quantidades de criptomoedas).
A saber, a decisão é completamente oposta à adotada pela China. Em síntese, o país asiático vem restringindo as transações com criptomoedas devido à questão ambiental. Isso porque a mineração do bitcoin se mostrou um verdadeiro problema para a China, que decidiu restringir fortemente as moedas digitais em 2021.
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