Nesta quinta-feira (5), Jair Bolsonaro convocou seus ministros juntamente com o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, para que realizassem uma reunião para discutir os valores dos combustíveis. Isso ocorre devido à Greve dos Caminhoneiros que ocorreu pela alta do Diesel (4%) e da gasolina (5%). O presidente da República afirmou que não consegue interferir nos valores finais: “Preços de combustíveis são determinados por questões globais”.
Como solução, afirmou que iria criar um projeto para que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fosse fixo para todos os estados. A variação ocorre justamente porque os estados cobram valores diferentes entre si como forma de arrecadação tributária. Dória, governador de São Paulo, já se manifestou contra o caso: “Não é cabível que o presidente queira vulnerabilizar o equilíbrio fiscal dos estados, transferindo a responsabilidade para os estados, pela eliminação ou redução do ICMS do combustível“.
Preços altos para acompanhar salários
O Diário do Poder afirmou que, somente o diretor da Petrobrás, recebe quase R$ 3 milhões por ano. O jornalista Tiago Vasconcelos ainda afirma: “não admira que a Petrobras adote a política de reajustes quase diários nos combustíveis para aumentar os ganhos”. Caso obtenham lucros, podem chegar a desembolsar da estatal cerca de R$ 3,5 milhões. Esse valor é quase dez vezes maior que o salário do presidente da República de R$371 mil em um ano, equivalente a R$ 30,9 mil mensais. A conta ainda é maior quando se analisa os gastos com outros benefícios como saúde que chegam a R$14,1 bilhões.
Nesta semana, o governo apresentou uma lista que continha quais seriam os 35 projetos para o ano de 2021. Nela, estava a privatização de outra estatal: Eletrobrás. Os salários da mesma também são elevados, custando uma média de R$ 71.154 mensais. Já no caso do BNDES, segundo o Diário do Nordeste, é de R$ 76.650 com remuneração média de R$ 29.230.