O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi dissimulado em uma conversa que teve com o chefe do Executivo da França, Emannuel Macron, antes da invasão russa à Ucrânia. Quem disse isso foi o próprio líder francês, que participou de uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25).
“Sim, ele foi dissimulado e sim, houve uma escolha deliberada e consciente do presidente Putin de lançar a guerra enquanto ainda podíamos negociar a paz”, afirmou o presidente da França ao lado de Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, e de Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.
O telefonema entre os líderes de suas respectivas nações aconteceu momentos antes de Vladmir Putin autorizar a invasão na Ucrânia, alegando que a atitude visava manter a segurança de russos que vivem em Donbass, no leste ucraniano.
Apesar deste argumento, a invasão russa também foi relatada no Norte e as agências internacionais falam em uma invasão total do território ucraniano, visto que as tropas da Rússia estão se dirigindo para Kiev, capital do país vizinho.
Ajuda à Ucrânia
De acordo com Emannuel Macron, sua conversa com Vladmir Putin foi “franca, direta e rápida” e aconteceu porque o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, não estava conseguindo falar com o russo.
Ainda na entrevista, o chefe do Executivo francês repudiou a invasão e disse que as sanções da União Europeia serão seguidas de sanções nacionais da França. Na ocasião, ele ainda afirmou que enviará 300 milhões de euros e equipamentos militares para a Ucrânia.
Tentativa de aproximação
Antes do ataque, Emannuel Macron foi até a Rússia e tentou estreitar laços com Vladimir Putin e negociar sobre a invasão à Ucrânia. No entanto, sua visita acabou gerando mais memes do que resultados efetivos. Ambos se falaram por cinco horas em uma mesa gigantesca em que cada presidente ficou em uma ponta do objeto.
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