Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (12). Após o encontro, ela afirmou que o bloco pretende repassar 20 milhões de euros, cerca de R$ 100 milhões, ao Fundo Amazônia.
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Hoje, o Fundo Amazônia é uma das principais ferramentas do Brasil com o objetivo de financiar ações de combate ao desmatamento com dinheiro de governos estrangeiros. A iniciativa foi criada há 15 anos e tem Noruega e Alemanha entre os principais doadores. Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o fundo foi paralisado.
No ano passado, em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que a iniciativa fosse reativada por 60 dias, o que aconteceu. Já sob o comando de Lula, o fundo voltou de vez e tanto a Noruega quanto a Alemanha anunciaram a retomada do financiamento. Estados Unidos e Reino Unido também informação a volta da ajuda financeira para a manutenção do programa.
“Queremos contribuir com 20 milhões de euros para o Fundo Amazônia”, disse a chefe da comissão, que ainda ressaltou o compromisso feito por Lula de zerar o desmatamento ilegal até 2030, uma meta bem-vista pela Europa. De acordo com a presidente da Comissão, a União Europeia também pode investir 2 bilhões de euros na produção de hidrogênio verde no Brasil. “Estamos unindo forças contra a mudança climática”, disse Von der Leyen durante entrevista coletiva.
Na ocasião, quem também falou foi Lula, que afirmou que as questões ambientais estarão entre as prioridades do Brasil durante o período à frente do G20. “Indiquei que nossas prioridades incluirão o desenvolvimento sustentável, centrado no combate à mudança do clima, à pobreza e à desigualdade, começou o presidente.
“O planeta não suporta mais as pressões de uma globalização predatória do ponto de vista ambiental, social e econômico”, completou o chefe do Executivo, finalizando que a preocupação com a pauta ambiental levou o Brasil a sediar, no próximo mês de agosto, uma cúpula dos países amazônicos. Belém, no Pará, também será a sede, em 2025, da COP, o encontro da ONU sobre o clima.
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