O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não deverá interferir na “PEC da Transição”. A saber, Lira participou nesta terça-feira (8) de uma reunião com congressistas e afirmou que ajudará no processo de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
De acordo com parlamentares presentes na reunião, o presidente da Câmara lembrou que essa Casa Legislativa ajudou a aumentar o valor do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600. Além disso, o Parlamento havia se comprometido a trabalhar pela manutenção do saldo, não importando o presidente do país.
“Ele entende que isso tem que ser garantido no próximo período porque foi compromisso que essa Casa também fez e por isso temos que criar as condições para que isso seja aprovado”, disse o deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP).
“Ele foi enfático em dizer que não há outra saída”, afirmou a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP). Em síntese, o governo Lula apresentou a “PEC da Transição” como o plano A para a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023.
A propósito, o plano B da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referia a uma Medida Provisória (MP). Contudo, esse plano não está sendo bem recebido pelos parlamentares.
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Presidente do Senado Federal também ajudará governo Lula
Na semana passada, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o Congresso Nacional ajudará o governo Lula. Segundo ele, o parlamento brasileiro deverá ter “boa vontade” para votar a PEC estudada pelo governo Lula.
“De nossa parte, evidentemente, havendo esse diagnóstico técnico, sem extravagâncias, haverá por parte do Congresso Nacional toda boa vontade de apreciação desde já de uma PEC nesse sentido”, afirmou Pacheco em entrevista à GloboNews.
“De fato, Constituição Federal quanto mais respeitada na sua inteireza melhor será. Evidentemente, se uma medida pudesse ser tomada infraconstitucionalmente, é melhor que seja do que uma alteração constitucional”, afirmou o presidente do Senado durante a entrevista.
Por fim, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também disse que irá trabalhar “na melhor maneira possível” com o governo Lula. A saber, Campos Neto seguirá no comando da entidade financeira até dezembro de 2024.
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