O presidente-executivo da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães revelou nesta quarta-feira (19) que o banco não deverá repassar a alta dos juros em suas taxas. Segundo ele, a Caixa já reajustou suas taxas de juros há cerca de três meses e não prevê aumentos, mesmo que a Selic suba.
Em resumo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá em fevereiro deste ano para definir a taxa de juros do país. A expectativa é que o órgão eleve pela oitava vez seguida a Selic, visto que a inflação segue bastante elevada no país.
“Mesmo que a Selic aumente mais, já temos isso precificado, não estamos imaginando aumento na taxa de juros do imobiliário. Isso já aconteceu. Estamos muito tranquilos em relação às taxas que cobramos”, afirmou o presidente da Caixa.
Ele também afirmou que o crescimento de 21,0% nas concessões de crédito imobiliário no ano passado ocorreu devido ao sólido balanço do banco. “O crescimento vem porque o balanço da Caixa está mais sólido do que nunca. Temos um volume de financiamento potencial dado pela poupança que é recorde”, disse Guimarães.
“Aqui nós vemos de fato o resultado de uma gestão que preza pela governança, pela preservação do capital, vendendo ativos não estratégicos, favorecendo resultados que geram lucro recorde e que pode ser revertido em crescimento”, acrescentou o presidente do banco.
Inadimplência está sob controle, diz presidente da Caixa
Nesta quarta, Pedro Guimarães também afirmou que as taxas de inadimplência estão ‘absolutamente’ sob controle. No entanto, o presidente da Caixa Econômica não deu detalhes sobre os dados do banco. Aliás, a Caixa deve divulgar o seu balanço do quarto trimestre nas próximas semanas.
“Em 2016 a Caixa tinha uma participação de 76,87% no financiamento do FGTS. Em 2021 foi de 99,99%. A Caixa nunca esteve tão presente no segmento de menor renda”, destacou Guimarães.
A saber, a Caixa disponibilizou R$ 140,6 bilhões em crédito imobiliário em 2021. Desse total, R$ 82,8 bilhões vieram de recursos da poupança (SBPE), o que representa um salto de 54,1% em relação a 2020. Já os outros R$ 57,8 bilhões vieram de recursos do FGTS (programa Casa Verde Amarela), valor 7,2% menor que o do ano anterior.
Em suma, essa foi a primeira vez desde 2014 que o SBPE superou o FGTS.