Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), participou nesta quinta-feira (16) de uma reunião com técnicos e outros diretores da entidade. Na ocasião, ele defendeu o uso de máscaras que visam evitar a propagação da Covid-19.
Hoje, a Anvisa estuda se mantém ou derruba o uso de máscaras em aeroportos e aviões. Em entrevista coletiva após a reunião, Antonio Barra Torres disse que, da mesma forma que a Anvisa “impôs a restrição”, caberá à entidade avaliar a “devida flexibilização ou eventual retirada”.
Na ocasião, ele ainda se mostrou preocupado por conta do carnaval, momento em que acontece uma intensa aglomeração de pessoas. “O objetivo da manutenção do uso de máscara está claro, não somente atrelado a dados estatísticos e epidemiológicos das vinte e quatro horas do dia. O Brasil é a sede mundial da maior concentração de pessoas por um motivo festivo: é o carnaval”, disse ele.
Segundo o diretor-presidente da Anvisa, não há como falar do início do carnaval, pois as comemorações já se iniciaram há tempos. “Sabemos que as celebrações do carnaval e aglomerações já vêm se dando há algum tempo”, disse ele, que lembrou a doença deixou mais de 700 mil famílias de luto, além de outras pessoas que foram infectadas e ficaram com sequelas.
De acordo com Antonio Barra Torres, é importante destacar que o uso de máscaras protege especialmente as pessoas com sistema imunológico mais frágeis. Como exemplo, ele citou as crianças, grávidas e idosos. “Não é razoável que uma celebração como essa à vida, à alegria, ao relaxamento depois de tanto tempo de dor e sofrimento e morte signifique um risco para todas essas coletividades”, disse ele após a reunião da Anvisa.
Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária é a responsável por regular a utilização de máscaras nas áreas restritas dos aeroportos e dentro dos aviões. No caso de ruas, prédios públicos, privados, valem decisões do Poder Executivo.
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