Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (20) que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem dado prioridade para a educação no país. A declaração dela, que é presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), foi dada durante uma entrevista ao site jurídico “Migalhas”, no Fórum Integração Brasil Europa (FIBE).
De acordo com Elizabeth Guedes, que defende os interesses de instituições de ensino superior privadas, dados que mostram a falta de prioridade do governo são os que evidenciam a grande quantidade de crianças fora da escola.
“A educação tem sido relegada e nós temos, no Brasil inteiro, milhões de jovens fora da escola, milhões de meninos que ainda não conseguiram acesso às creches e isso não é considerado importante e prioritário para o governo atual”, afirmou a presidente da ANUP.
Em outro trecho da entrevista, ainda avaliando a educação, ela afirmou que o tema “não é considerada uma política de Estado” e que os governos só investem na área caso seja algo “mandatório” ou que esteja na Constituição.
Nesse sentido, ela lembrou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), dizendo que, somente depois da aprovação da matéria, em março deste ano, foi possível dar um reajuste salarial aos profissionais da educação.
“A educação não tem sido prioridade, não é considerada uma política de Estado. E mesmo agora, com a aprovação da PEC do Fundeb, mostra que, se você não coloca na Constituição, se não é mandatório investir em educação, os governos não escolhem. Não é uma vinculação entre ter uma boa política de educação e ter sucesso no mundo eleitoral”, declarou Elizabeth Guedes na entrevista.
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