Com o Dia das Mães batendo na porta, a procura por presentes aumenta, mas a notícia não é a das melhores. Os produtos e serviços mais buscados para o Dia das Mães estão, em média, 7,2% mais caros neste ano do que o observado em 2022.
Os dados são de um levantamento feito pela XP com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde o início da pandemia, esses preços ficaram 26,9% mais altos.
De acordo com especialistas, vários fatores estão influenciando no aumento dos preços, um deles é o avanço do setor de Serviços após a reabertura da economia pós-pandemia, os maiores custos com salários e energia, e até a variação das commodities no exterior.
Inflação presente também no Dia das Mães
Além dos presentes, para aqueles que pretendem levar suas mães para almoçar fora no próximo dia 14 de maio, podem preparar o bolso. Segundo especialistas, os restaurantes estão 8% mais caros quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Parte do encarecimento desses produtos reflete o problema de escassez de chuvas nos últimos anos – que, inclusive, também se refletiu nas contas de luz do comércio.
Além dos restaurantes, aqueles que preferem dar roupas podem sentir o impacto dos preços do algodão – commodity que, por conta das quebras de safra, registrou um preço recorde no ano passado.
Enquanto isso, os que optarem por presentar suas mães com maquiagens e perfumes ainda devem se deparar com preços mais altos por conta dos aumentos relacionados à indústria petroquímica, que foi afetada pelo aumento nos preços do petróleo e gás natural em meio à guerra na Ucrânia.
Já os filhos que escolherem uma viagem também vão encontrar preços mais altos em hospedagem e pacotes turísticos – nesse caso, reflexo dos custos comprimidos por conta da pandemia.
Presentes que ficaram mais baratos
Em meio a tantos aumentos, sejam em presentes ou serviços, os filhos que pretendem dar presentes a suas mães, podem dar uma olhada em outros produtos que ficaram mais baratos em comparação ao ano passado, como TV, som e itens de informática (-10,8%) e celulares (-3%), por exemplo.
Nesse sentido, o alívio dos preços foi a melhora nas condições de oferta dos componentes eletrônicos, após a falta de chips e semicondutores vista durante a pandemia.
Uma das explicações para a redução do valor desses produtos se deve ao fato de que a população foi sendo vacinada e voltou a consumir no setor de serviços, a demanda por esses produtos baixou e os preços foram normalizando.