Nesta quarta-feira (29), o principal índice acionário da Bolsa Brasileira não conseguiu escapar do mau humor externo. A saber, o Ibovespa caiu 0,72% e encerrou o pregão aos 104.107 pontos. Com isso, aumentou as perdas acumuladas em 2021 para 12,53%. Aliás, na comparação com o recorde alcançado em junho, o tombo é de 20,4%.
Em resumo, o que mais pesou no pregão de hoje foi o avanço da variante Ômicron no planeta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco provocado pela Ômicron segue “muito elevado”.
“Evidências consistentes mostram que a variante Ômicron tem uma vantagem de crescimento sobre a variante Delta, com um período de dois a três dias para duplicar-se, e aumentos rápidos de casos são vistos em vários países”, disse a OMS.
A propósito, nesta quarta, a França bateu recorde de casos de Covid-19 em um único dia, com quase 180 mil novos casos. A previsão do ministro da Saúde, Olivier Véran, é que o país pode chegar “a mais de 250 mil casos diários até o início do mês de janeiro”.
Aliás, diversos países voltaram a adotar medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus. Esse cenário aumentou o mau humor dos investidores, derrubando o Ibovespa no dia.
Apenas 17 das 92 ações do Ibovespa sobem nesta quarta
Com muitas notícias negativas, apenas 17 das 92 ações que compõem a carteira do Ibovespa subiram nesta quarta. Como esperado, o volume movimentado na sessão ficou bem abaixo dos R$ 24 bilhões de média diária em 2021. A expectativa é que a liquidez volte a crescer na próxima semana.
Nesta quarta, nenhum avanço foi expressivo. Na verdade, somente os papéis da Via ON (+1,41%) e da TIM ON (+1,02%) tiveram ganhos superiores a 1%. As outras ações apresentaram um desempenho bem mais tímido.
Por outro lado, os recuos vieram bastante intensos, principalmente os dos setores aéreo e de turismo: Azul PN (-7,34%), CVC Brasil ON (-7,33%) e Gol PN (-6,72%). Também tiveram fortes quedas no dia: Inter Banco unit (-4,90%), Qualicorp ON (-4,76%) e Banco Inter PN (-3,75%).
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