Moradores que vivem em áreas consideradas de alto risco em São Paulo, capital, poderão receber para sair desses locais. Isso, caso um projeto de lei que deverá ser mandado para a Câmara Municipal nos dias seja aprovado.
De acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”, em matéria publicada nesta sexta-feira (04), São Paulo tem atualmente 175 mil moradias que estão localizadas em áreas que apresentam um risco iminente de deslizamentos e solapamentos de margens de córregos. Dessas residências, informou a prefeitura da cidade, 11,6 mil estão em locais que são considerados de alto risco.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), em um primeiro momento, a ideia é retirar 494 famílias que moram em regiões de mananciais ou encostas no M’Boi Mirim, na zona sul da capital, e em Perus e na Brasilândia, ambos bairros da zona norte, segundo mapeamento.
Ainda conforme o chefe do Executivo municipal, o projeto de lei está quase pronto e deve ser enviado para o Legislativo nos próximos dias. “Um técnico da Habitação [secretaria] pediu um ajuste em um dos artigos e atrasou um pouco”, afirmou ele em entrevista à “Folha”.
Chuvas em São Paulo
O projeto de lei está sendo analisado em um momento difícil para o estado, que já perdeu ao menos 32 pessoas de sexta-feira (28) passada até esta por conta das chuvas que assolam toda a região. Além das mortes, duas mulheres estão desaparecidas na Grande São Paulo, onde foi registrado um deslizamento que atingiu cerca de 15 casas.
De acordo com o prefeito da capital, esse valor que as pessoas irão receber será uma “uma indenização” dada “às famílias que têm muita resistência em receber auxílio-aluguel”.
“É uma forma mais ágil”, disse ele, sem explicar se esses moradores que vivem em locais de alto risco terão que obrigatoriamente aceitar a indenização ou o auxílio-aluguel e deixar suas casas. No entanto, o que informou o prefeito é que o cálculo para a indenização levará em conta o metro quadrado e o material usado na construção do imóvel.
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