Dados divulgados nesta sexta-feira (04) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que tanto a gasolina quanto o etanol continuam registrando queda nos preços. De acordo com a entidade, uma pesquisa referente à semana de 30 de julho a 5 de agosto mostrou que ambos os combustíveis registraram a quarta queda semanal no país.
Conforme a ANP, o etanol foi comercializado, em média, por R$ 3,62 na última semana, um valor que representa uma queda de 1,63% em relação aos R$ 3,68 da semana anterior – de acordo com a entidade, no Brasil, o valor mais alto do combustível foi de R$ 6,73 o litro.
Já a gasolina foi comercializada, em média, a R$ 5,52, um valor que representa a uma queda de 0,54% frente aos R$ 5,55 da semana anterior, segundo os dados da ANP, que informou que o preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,30.
Normalmente, o preço da gasolina acaba baseando o do etanol devido à questão de paridade entre os combustíveis. Hoje, existe uma pressão para que o combustível derivado do petróleo seja reajustado. Nesta sexta, inclusive, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou sobre os preços dos combustíveis praticados internamente.
De acordo com ele, os valores que estão sendo cobrados no Brasil atualmente estão “no limite” e, caso haja oscilação para cima da cotação do petróleo, repasses serão feitos pela Petrobras. “Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que, se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados”, disse Alexandre Silveira nesta sexta.
No começo da semana, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou que não procedem rumores de que iria aumentar os preços dos combustíveis ao longo da semana. Segundo o chefe da estatal, ele voltou atrás a pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem esteve reunido ao lado de todos os diretores da empresa e outras autoridades.
Na quinta, a Petrobras revelou que seu lucro líquido recuou 47% no segundo trimestre ante ao mesmo período do ano passado, para R$ 28,8 bilhões, em meio a uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional. De acordo com a estatal, essa diminuição é explicada, sobretudo, “pela desvalorização do preço do petróleo, pela queda de mais de 40% na diferença entre o preço do petróleo e os preços internacionais do diesel (crackspreads), e maiores despesas operacionais”.
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