O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) realizou um levantamento sobre os preços das refeições dos brasileiros. De acordo com os dados obtidos, as duas principais refições do dia estão muito mais caras no Brasil do que há 12 meses. E isso não é nem um pouco positivo, ainda mais no cenário atual, de crescimento econômico cada vez menor.
Em resumo, a variação dos preços dos itens do café da manhã chegou a 9,15% no acumulado de 12 meses. O principal vilão desse aumento é o café em pó, que acumula uma variação expressiva de 36,67% no período. Outros fortes avanços vieram da margarina (23,89%), ovos (20,05%), mortadela (19,57%), presunto (13,67%) e queijo muçarela (10,36%). Aliás, a menor variação veio do leite longa vida (1,64%).
Já o popular ‘prato feito’ (PF), muito associado a comida do dia a dia com baixo custo e boa quantidade, ficou 16,84% mais caro em 12 meses. Nesse caso, os principais aumentos foram de: frango em pedaços (30,91%), tomate (27,93%), batata inglesa (20,96%) e carnes bovinas (18,68%).
Por sua vez, o feijão preto, cujo consumo é bastante elevado no Rio de Janeiro, teve alta de 7,40% no período. Enquanto isso, o feijão carioca permaneceu praticamente estável em 12 meses (0,16%).
Condições climáticas elevam preços dos itens
Segundo o economista Matheus Peçanha, os preços dos alimentos vêm penalizando principalmente as famílias de renda baixa do país. Em suma, essas famílias gastam uma parte maior do seu orçamento com alimentação. No entanto, o economista afirma que a inflação elevada no país também atinge as famílias de outras faixas de renda, justamente pela disseminação dos altos preços.
“Os custos de produção ficaram muito pressionados e ajudaram a disseminar a inflação ao longo do ano. Com os problemas climáticos penalizando a agropecuária e as commodities energéticas pressionando insumos e custos logísticos, o resultado final na mesa do brasileiro foi devastador”, explicou Peçanha.
A inflação deve seguir elevada no país devido a estes problemas e a tantos outros que saem de vista. A melhor dica é economizar e pesquisar os menores preços.
Leia Mais: Entenda o porquê dos preços da carne bovina seguirem elevados no país