O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,25% em outubro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior nível para o mês desde 2002, ou seja, em 19 anos. A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil e acumula forte avanço de 10,67% nos últimos 12 meses encerrados em outubro.
No entanto, há itens com variações muito mais expressivas que a taxa nacional. Em resumo, quem lidera o ranking das maiores disparadas no período é o pimentão, que está 85,37% mais caro do que nos 12 meses anteriores.
Mas o destaque do top dez ficou com os combustíveis, que preencheram algumas das primeiras posições do ranking. E o grande vilão é o etanol, que teve a segunda maior variação entre novembro de 2020 e outubro de 2021 (+67,41%). De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro do etanol hidratado nas bombas do país foi de R$ 5,294 na semana passada.
Vale destacar que o top cinco também foi ocupado por batata-doce (+51,00%), passagem aérea (+50,11%) e açúcar refinado (+47,82%). Embora estas variações também sejam muito expressivas, os combustíveis assumiram o papel de vilão devido ao peso que o grupo exerce na inflação do país, cada vez mais elevada.
Gasolina, gás veicular e diesel aparecem no top dez
Segundo a lista feita pelo IBGE, a gasolina pulou da 11ª posição em setembro para a sexta em outubro. O combustível acumula uma alta de 42,72% em 12 meses, e a crescente demanda pela aviação é um dos principais fatores que vêm elevando os seus preços.
Em suma, o avanço da vacinação contra a Covid-19 vem permitindo o abrandamento das medidas restritivas. Com isso, a demanda por transporte aéreo volta a atingir altos níveis, mas a oferta não está conseguindo acompanhar o ritmo. Dessa forma, o valor do combustível aumenta e acaba sendo repassado para as passagens aéreas, que também dispararam no período
Por sua vez, o óleo diesel teve um salto ainda mais expressivo que o da gasolina. Em síntese, o combustível subiu da 19ª posição em setembro para a oitava em outubro, com uma variação de 41,34%. Aliás, o diesel é o combustível mais usado no Brasil, e seu litro custou R$ 5,425 na última semana, segundo levantamento da ANP.
Por fim, o gás veicular ocupou a décima posição no ranking dos itens com os maiores avanços em 12 meses. O combustível se tornou uma opção menos salgada para os motoristas, mas, ainda assim, disparou 39,58% no período. Não importa qual caminho seguir, o fundamental é ter uma bicicleta em vez de um carro, porque o combustível está valendo ouro no Brasil.
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