O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (5) o Índice de Preços ao Produtor (IPP). A saber, o índice caiu 0,12% em dezembro de 2021, na comparação com o mês anterior. Contudo, o setor de alimentos encerrou o mês em alta, exercendo a maior influência positiva no IPP em janeiro.
Em suma, os preços dos alimentos ficaram 2,09% mais caros em janeiro. Aliás, este é o sexto mês seguido de alta dos preços, na comparação com o mês anterior. A propósito, alimentos consistem em uma das atividades pesquisadas pelo IBGE para compor a taxa do IPP.
De acordo com o IBGE, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, ou seja, os valores não sofrem variação com impostos e frete. O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente.
Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas ao mercado, segundo o IBGE.
Confira mais detalhes do desempenho do IPP em 2021
Segundo o levantamento, os preços dos alimentos acumularam um avanço firme de 18,57% em 2021. Em resumo, a variação anual superou os 10% pelo terceiro ano seguido, após os avanços em 2019 (+10,14%) e 2020 (+30,40%).
Em dezembro, os alimentos exerceram o maior impacto positivo no IPP, de 0,49 ponto percentual (p.p.). Por outro lado, a maior influência entre todas as atividades pesquisadas veio de indústrias extrativas, que impactaram o índice em -0,71 p.p.
O IBGE ainda revelou que os alimentos também exerceram a terceira maior influência no IPP no acumulado de 2021, de 4,77 p.p. Inclusive, as únicas atividades que impactaram ainda mais o IPP em 2021 foram as de refino de petróleo e biocombustíveis (5,88 p.p.) e outros produtos químicos (5,14 p.p.).
Por fim, o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do IPP, respondendo por 23,90% da variação do índice, segundo o IBGE.
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