Os preços dos alimentos na “porta de fábrica” caíram novamente em novembro de 2022, assim como ocorreu nos três meses anteriores. De acordo com o IBGE, que mede Índice de Preços ao Produtor (IPP), a inflação dos alimentos recuou 0,70% em novembro, na comparação com outubro.
A saber esse quarto recuo sucede seis meses consecutivos de alta. Aliás, faz anos que os preços dos alimentos não recuam por tantos meses consecutivos no país. Esse cenário tende a ser positivo para a população, visto que os preços nos supermercados também tendem a cair.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a inflação ao produtor acaba refletindo nos preços disponibilizados ao consumidor final. E, em novembro, o indicador teve uma queda de 0,54%.
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Veja o que derrubou os preços dos alimentos no mês
Em novembro, a indústria química exerceu o maior impacto no IPP, de -0,41 ponto percentual (p.p.), assim como ocorreu em outubro. Por sua vez, os alimentos influenciaram o indicador em -0,17 p.p., segundo maior impacto no IPP no mês.
Segundo o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, “a entrada da safra de alguns produtos e uma menor demanda em outros casos explicam grande parte das quedas”.
Além disso, Brandão explicou que os preços do café e do leite subiram de maneira significativa em 2021. No entanto, esse cenário, que se manteve nos primeiros meses de 2022, não conseguiram se manter no segundo semestre do ano passado.
“Agora, com um clima mais apropriado, sem as grandes chuvas de 2021, foi revertido. Se olharmos o que ocorreu em novembro, veremos que as principais influências na queda de preços vieram da redução nos preços da carne bovina e de frango e no do leite. São todos casos em que a oferta está maior”, informou.
Por fim, vale destacar que o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do Índice de Preços ao Produto. Em suma, o setor responde por mais de 23% da variação do índice, segundo o IBGE.
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