Os preços dos alimentos na “porta de fábrica” caíram novamente em outubro deste ano, assim como ocorreu nos dois meses anteriores. De acordo com o IBGE, que mede Índice de Preços ao Produtor (IPP), a inflação dos alimentos recuou 0,41% no mês passado, após cair 1,13% em setembro e 3,50% em agosto.
A saber, estas quedas sucedem seis meses consecutivos de alta. Aliás, a última vez que os preços dos alimentos haviam recuado por três meses seguidos no Brasil foi há mais de três anos.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a inflação ao produtor acaba refletindo nos preços disponibilizados ao consumidor final. E, em outubro, o indicador teve uma queda de 0,85%.
Vale destacar que, quando os preços no atacado desaceleram, os valores no varejo tendem a seguir a mesma trajetória. No entanto, o IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, subiu em outubro, após três meses de queda.
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Leite e derivados seguem derrubando preços dos alimentos
Em outubro, a indústria química exerceu o maior impacto no IPP, de -0,44 ponto percentual (p.p.). Por sua vez, os alimentos influenciaram o indicador em -0,10p.p., atrás também dos ramos de outros refino de petróleo e biocombustíveis (-0,17 p.p.) e indústrias extrativas (-0,17 p.p.).
Segundo o levantamento, o leite e seus derivados continuaram se destacando no grupo aos alimentos. A saber, estes itens foram os principais responsáveis pela queda nos preços dos alimentos em outubro.
“Entre fevereiro e junho, o leite teve a oferta prejudicada por questões climáticas, que ficou ainda mais prejudicada devido à entressafra. Desde agosto a oferta está maior e temos o terceiro mês consecutivo de queda, acumulando de agosto a outubro uma redução de 22,84% do grupo de laticínios”, disse Murilo Lemos Alvim, analista do IPP.
Ainda no setor de alimentos, o IBGE destacou a queda nos preços de carnes de aves devido à elevação da oferta. Aliás, o setor está se preparando para o aumento da demanda nas festas de final de ano. Por sua vez, o óleo de soja caiu no mês passado devido à redução da demanda.
Por fim, vale destacar que o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do Índice de Preços ao Produto. Em suma, o setor responde por mais de 23% da variação do índice, segundo o IBGE.
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