A população brasileira passou meses vendo os preços dos alimentos subirem no país. Os dados divulgados por institutos de pesquisas mostravam o quanto os alimentos estavam pressionando a renda da população. Contudo, em agosto, os preços destes itens tiveram uma forte queda no Brasil.
De acordo com o Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pelo IBGE, a inflação dos alimentos tombou 3,74% em agosto. A saber, a queda foi a primeira após seis meses consecutivos de alta.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a inflação ao produtor acaba refletindo nos preços disponibilizados ao consumidor final. E, em agosto, o indicador teve uma queda recorde de 3,11%.
A saber, quando os preços no atacado aceleram, os valores no varejo tendem a seguir a mesma trajetória. Contudo, o IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, até recuou em agosto, mas devido à redução do ICMS. Caso o indicador dependesse apenas dos alimentos, a inflação teria avançado.
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Leite e seus derivados derrubam preços dos alimentos
Em agosto, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis exerceu o maior impacto no IPP, de -0,95 ponto percentual (p.p.). Por sua vez, os alimentos influenciaram o indicador em -0,88 p.p.
Esses dois setores, juntamente com as indústrias extrativas, que impactaram o IPP em -0,75 p.p. no mês, responderam por cerca de 83% da queda do IPP em agosto.
“Os quatro produtos de alimentos que mais variam foram os produtos derivados do leite, que tiveram variação negativa como queijos e ‘leite esterilizado / UHT / Longa Vida’, cujos preços foram pressionados por uma menor demanda”, explicou o gerente do IPP, Alexandre Brandão.
“Além da redução da demanda, houve importação desses produtos. Além disso, em outros segmentos, houve, por exemplo, uma maior oferta de carne de frango, fazendo o preço cair”, acrescentou.
Por fim, vale destacar que o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do Índice de Preços ao Produto. Em suma, o setor responde por mais de 23% da variação do índice, segundo o IBGE.
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