Os preços do setor da metalurgia ficaram 2,58% mais caros em agosto, na comparação com o mês anterior. A saber, a atividade exerceu a terceira maior influência no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em agosto, de 0,19 ponto percentual.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (29). Em resumo, a metalurgia é apenas um dos componentes da taxa geral do IPP, que subiu 1,86% em agosto.
Com o avanço registrado no mês passado, a metalurgia emendou o 14º aumento seguido em relação ao mês anterior. Assim, o setor passou a acumular uma alta expressiva de 40,59% entre janeiro e agosto. Isso aconteceu, principalmente, por causa das expressivas variações em janeiro (6,10%), fevereiro (8,35%) e março (5,92%).
Já em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, os preços registram forte alta 56,98%. Segundo o IBGE, os preços do setor acumulam variação de 85,73% entre dezembro de 2018 e agosto de 2021. Aliás, a variação em dezembro de 2018 é a base da amostra atual.
Vale destacar que o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o IPP mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja os itens com as maiores altas no mês
De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos meses é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos. No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.
Em termos de variação, os preços da metalurgia dispararam nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas das indústrias extrativas (82,03%). Outros fortes avanços vieram do refino de petróleo e produtos de álcool (56,84%), e de outros produtos químicos (50,49%).
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