Os preços do setor da metalurgia brasileira tiveram o maior aumento entre os segmentos. A saber, as atividades do setor dispararam 3,68% entre junho e julho, contribuindo em 0,27 ponto percentual com a variação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) em julho.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (278). Em resumo, a metalurgia é apenas um dos componentes da taxa geral do IPP, que subiu 1,94% em julho.
Com o avanço registrado no mês passado, a metalurgia emendou o décimo terceiro crescimento seguido em relação ao mês anterior. Assim, o setor passou a acumula uma alta de 37,04% entre janeiro e junho. Isso aconteceu principalmente por causa das expressivas variações em janeiro (6,10%), fevereiro (8,35%) e março (5,92%).
Já em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, os preços também registram forte alta 57,49%. Segundo o IBGE, tanto a variação em 2021 quanto em 12 meses são as mais expressivas já registradas pela metalurgia desde o início da pesquisa em janeiro de 2010.
Vale destacar que o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o IPP mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja os itens com a maior alta no mês
De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos meses é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos. No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.
Em termos de variação, os preços da metalurgia dispararam nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas das indústrias extrativas (95,12%) e do refino de petróleo e produtos de álcool (63,41%), cujos preços dispararam no período.
Aliás, a alta do minério de ferro, que é o principal insumo das indústrias extrativas, ocorre há meses. Por isso vem aumentando os preços tanto da própria indústria quanto da metalurgia, por ser a principal matéria-prima do aço.
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