Os preços do setor da metalurgia ficaram 2,82% mais caros em outubro deste amno na comparação com o mês anterior. A saber, a atividade exerceu a terceira maior influência no Índice de Preços ao Produtor (IPP) no mês e continuou se destacando no acumulado do ano.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações na última quarta-feira (1º). Em resumo, a metalurgia é apenas um dos componentes da taxa geral do IPP, que disparou 2,16% em outubro, taxa bem superior a de setembro (0,40%).
Com o avanço registrado em outubro, a metalurgia registrou o 16º aumento consecutivo em relação ao mês anterior. Aliás, o setor acumula um avanço expressivo de 45,95% entre janeiro e outubro. Isso aconteceu, principalmente, por causa das expressivas variações em janeiro (6,10%), fevereiro (8,35%) e março (5,92%).
Já em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, os preços registram um crescimento ainda maior, de 52,10%. Segundo o IBGE, os preços do setor acumulam variação de 92,81% entre dezembro de 2018 e outubro de 2021. Inclusive, a variação em dezembro de 2018 é a base da amostra atual.
Vale destacar que o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o indicador mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja o que vem impulsionando os preços do setor
De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos meses é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos.
No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.
Em termos de variação, os preços da metalurgia dispararam nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (72,02%) e de outros produtos químicos (54,52%).
Por fim, o setor metalúrgico exerceu a quarta maior influência nos resultados do IPP no ano (3,00 pontos percentuais), bem como no acumulado dos últimos 12 meses (3,48 p.p.).
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