Os preços do setor de metalurgia do país dispararam 6,10% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o setor subiu 1,65% em dezembro, ou seja, uma variação bem menos expressiva que a registrada no início de 2021.
Aliás, o avanço em janeiro é o sétimo seguido, o que contribuiu para a elevação do resultado nos últimos 12 meses, que passou de 34,36% para 38,42%. O valor em dezembro já era o maior registrados pela série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Agora, houve uma renovação desta máxima. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta semana.
O resultado dos preços da metalurgia é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Nesse caso, o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, ou seja, o IPP mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em suma, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também são analisados.
Veja o que puxou a alta dos preços
De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos meses é resultado de uma combinação envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos. No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e o excedente de aço no mundo. Além disso, a disparada de 29,1% do dólar ante o real, sendo 4,1% apenas no último mês, contribui para o aumento dos preços do aço nacionalmente. E em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais. Tudo isso contribui para a disparada dos preços do setor.
Por fim, em termos de influência, a metalurgia exerceu o terceiro maior impacto no resultado do IPP em janeiro, contribuindo com 0,40 ponto percentual. Já nos últimos 12 meses, a atividade registrou o segundo maior aumento (38,42%), ficando atrás apenas das indústrias extrativas, cujos preços dispararam 52,91%. E isso aconteceu justamente porque o minério de ferro, que vem crescendo há meses, é o principal insumo das indústrias extrativas.
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