Os preços do setor da metalurgia caíram 0,31% em novembro de 2021, na comparação com o mês anterior. Esse recuo quebrou uma sequência de 16 avanços consecutivos da atividade. Isso quer dizer que a última vez que os preços do setor caíram no comparativo mensal foi em julho de 2020.
Embora tenha recuado no penúltimo mês do ano, a metalurgia acumulou uma variação de 46,45% entre janeiro e novembro do ano passado. Já em 12 meses, a atividade registra uma disparada de 48,87%.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (5). Aliás, os dados fazem parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP), do qual a metalurgia é apenas um dos muitos componentes da taxa geral, que subiu 1,31% em novembro.
Segundo o IBGE, os preços do setor acumulam variação de 93,46% entre dezembro de 2018 e novembro de 2021. Inclusive, o IBGE utiliza os dados de dezembro de 2018 como base da amostra atual.
Vale destacar que o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o indicador mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja o que vem impulsionando os preços do setor
De acordo com o IBGE, a alta acumulada em 2021 é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos.
No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.
Em termos de variação, os preços da metalurgia só perdem para as atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (71,04%) e de outros produtos químicos (60,03%) em 2021. Da mesma forma, essas são as únicas atividade com uma variação maior que a da metalurgia no acumulado de 12 meses, de 80,13% e 60,69%, respectivamente.
Por fim, o setor metalúrgico exerceu a quarta maior influência nos resultados do IPP em 2021 (3,04 pontos percentuais), bem como no acumulado dos últimos 12 meses (3,15 p.p.).
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