Os preços do setor da metalurgia caíram 1,48% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Este foi o terceiro recuo seguido do indicador, após uma sequência de 16 avanços na atividade.
Aliás, estes diversos avanços explicam a forte variação que a atividade acumulou em 2021. No ano passado, os preços da metalurgia subiram em dez dos 12 meses do ano. Com isso, os valores do setor dispararam 41,79% na comparação com 2020.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações na terça-feira (8). Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP), do qual a metalurgia é apenas um dos muitos componentes da taxa geral, que subiu 1,18% em janeiro.
Embora os preços tenham disparado em um ano, o IBGE ressaltou que a variação em relação a 2018 é muito maior. Nos últimos 12 meses, a metalurgia acumula alta de 31,62%. No entanto,, os preços do setor tiveram uma taxa bem mais expressiva entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e janeiro deste ano, de 84,53%.
Vale destacar que o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Para chegar a este resultado, o indicador mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
Veja o que impulsionou os preços do setor
De acordo com o IBGE, a alta acumulada nos últimos 12 meses é resultado de uma combinação de fatores envolvendo os grupos siderúrgicos e o de materiais não ferrosos. Contudo, ambos os componentes vêm apresentando desaceleração em suas taxas, provocando decréscimos nos preços da metalurgia.
No primeiro caso, há uma relação direta com os preços do minério de ferro e a valorização do dólar frente o real. Já em relação ao grupo de materiais não ferrosos, há uma ligação direta com as cotações das bolsas internacionais.
Em termos de variação, a alta dos preços da metalurgia desde dezembro de 2018 só não superou a taxa observada nas indústrias extrativas, cujos inflação disparou 106,44%. A saber, esta atividade tem relação direta com o minério de ferro, principal matéria-prima do aço.
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